Segundo a American Thoracic Society/European Respiratory Society (ATS/ERS), em 2017, uma exacerbação da DPOC define-se como um episódio que resulta em sintomas respiratórios, particularmente a dispneia, a tosse e a expetoração, com aumento da purulência. Já o projeto GOLD de 2021 define exacerbação como um agravamento dos sintomas respiratórios que resultam em terapêutica adicional. O documento GOLD, após classificar os graus de gravidade das exacerbações, propõe as estratégias de tratamento: as exacerbações ligeiras são tratadas com broncodilatadores de curta ação (BDCA); as moderadas são tratadas com BDCA mais antibióticos e/ou corticosteroides. As exacerbações graves requerem hospitalização ou atendimento numa urgência hospitalar.
A Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Torácica (SEPAR), nas suas recomendações de 2021, define exacerbação – também designada por síndrome de agudização de DPOC – como um episódio de instabilidade clínica num doente com DPOC, como consequência do agravamento da limitação respiratória do fluxo aéreo ou de um processo inflamatório subjacente, que se caracteriza por um agravamento agudo dos sintomas respiratórios. Em dezembro de 2021, na reunião Rome, que juntou alguns dos autores do comité científico e executivo do GOLD, foi avançada uma nova definição de exacerbação na DPOC: trata-se de um evento caracterizado por dispneia e/ou tosse e expetoração, com agravamento nos últimos 14 dias. Estes sintomas podem ser acompanhados por taquipneia e/ou taquicardia e está frequentemente associada a uma inflamação local ou sistémica, causada por uma infeção da via aérea, poluição ou outro elemento desencadeante.