O projeto GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease) emite, desde 2001, recomendações terapêuticas para a DPOC. O documento GOLD divide os doentes com DPOC em quatro grupos: A (menos sintomático e com 0 ou 1 exacerbação moderada, sem hospitalização); B (mais sintomático, mas com 0 ou 1 exacerbação moderada, sem hospitalização no último ano); C (menos sintomáticos, mas com registo de ≥2 exacerbações moderadas ou ≥1 exacerbações com hospitalização); D (mais sintomático e com ≥2 exacerbações ou ≥1 exacerbações com hospitalização documentadas no último ano). Já a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou, em agosto de 2019, a Norma de Orientação Clínica para o diagnóstico e tratamento da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).
Neste módulo, são apontadas as estratégias de tratamento da DPOC, que assenta na utilização em monoterapia ou combinação de LABA e LAMA. Estes broncodilatadores inalados (LABA e LAMA) são a base da terapêutica farmacológica da DPOC. Os dados demonstram que a associação de broncodilatadores (LABA + LAMA) é mais eficaz do que as respetivas monoterapias na redução da sintomatologia e das exacerbações. Os corticoides inalados (ICS), por outro lado, permitem reduzir as exacerbações em doentes com antecedentes de exacerbação e com contagem >100 eosinófilos no sangue periférico.