Neste módulo, serão apresentadas as estratégias não farmacológicas, como a oxigenoterapia de longa duração (OLD), que é a segunda medida, a seguir à cessação tabágica, que contraria a evolução natural da DPOC. Existe evidência científica de que a administração a longo prazo de oxigénio, mais de 15 horas por dia, a doentes com insuficiência respiratória crónica, está associada a um aumento da sobrevida dos doentes com DPOC. A ventilação não invasiva (VNI) é uma outra abordagem não farmacológica da DPOC, que deverá ser ponderada em doentes que, apesar de OLD bem conduzida, evoluam para hipercapnia (definida como PaCO2 >52 mmHg) ou para um ou mais episódios por ano de insuficiência respiratória aguda hipercápnica com internamento. Neste módulo, os formadores apontam os programas de exercício físico e reabilitação respiratória – uma estratégia abrangente e multidisciplinar que inclui o exercício físico, a educação para a autogestão da doença, apoio psicossocial, intervenção nutricional e outras intervenções de suporte, com o intuito de melhorar a condição física e emocional dos doentes com patologia respiratória crónica, nomeadamente a DPOC.
Módulo 4Controlo da DPOC / Importância das intervenções não farmacológicas
Dr. Joaquim Moita
Pneumologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Biografia
É presidente da Associação Portuguesa de Sono e Secretário da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
Desde 2007, é coordenador do Centro de Medicina do Sono do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e, desde 2012, Coordenador da Região Centro, do Programa Nacional de Doenças Respiratórios da Direção Geral de Saúde.
Obteve a competência de Medicina do Sono pela Ordem dos Médicos em 2015.
Pertence à European Sleep Research Society, desde 2013.
Dr.ª Cidália Rodrigues
Pneumologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Biografia
É pneumologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e Secretária-Geral da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
Tem desenvolvido atividade assistencial nas áreas da Fisiopatologia e Reabilitação Respiratória e Apoio Respiratório a Doentes Neuromusculares.
É responsável pelo Programa de Reabilitação Respiratória do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, e foi coordenadora da Comissão de Reabilitação Respiratória da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.